RACISMO
NO BRASIL X DEMOCRACIA RACIAL
Iara Santos de Souza
Andreza Estrela Ribeiro Lopes
Izabela Nariele da Silva Pereira
Juliana Santos dos
Santos
Roseane Rangel de Souza
Uiliane Santana Santos
Racismo ; Democracia ; Preconceito ; Raças
Este
artigo aborda o racismo que existe no Brasil que vem desde o período colonial
em que a colonização portuguesa de forma superior á outras raças os tratou de
forma desigual e o quanto isso reflete no Brasil até hoje.
O racismo é a crença
numa superioridade de que uma raça é melhor que uma outra. O racismo consiste no
preconceito racial contra negros ,indígenas ,asiáticos ,pardos ,amarelos, mulatos
, brancos e entre outros. Uma pessoa racista acha que sua cor é superior á
outra, e que por ser superior, tem o direito de comandar essa pessoa.
Uma pessoa começa a ser
racista por diversos meios ,como o fato dela ter crescido ouvindo de um modo
superior que uma raça é melhor que a outra, ou até vendo atitudes que a fez
mudar seu pensamento. Piadas ,brincadeiras ,xingamentos de um modo negativo
sobre uma raça pode fazer com que aquele preconceito seja diário, uma coisa
‘’normal’’.
Uma das formas de
racismo que pode ser visto como uma forma de discriminação ‘’ não intencional’’
é a preferência ou habilidade de pessoas com base no estereótipo racial. No Brasil,
o salário de um homem branco é superior a de um homem negro, isso porque, além
da preferência do estereótipo, há uma diferença na educação acadêmica entre os
dois grupos.[1]
OPRESSÃO HISTÓRICA
Mesmo após décadas de
luta, e após conquistas como políticas públicas que tem como objetivo da
igualdade racial ,sabemos que a estrutura do Brasil ainda é o preconceito
racial, tendo como raiz a escravidão.
O Brasil tem uma
miscigenação de raças muito grande. Nessa área, já habitavam os índios, e após
a Colonização Portuguesa , trouxeram com eles negros africanos para a
escravização do trabalho. Vieram ao Brasil Espanhóis, Japoneses, Italianos,
entre outros. Isso faz com que o Brasil tenha uma diversificação muito grande.
Os Indígenas tinham um
estilo de vida própria, com sua cultura, organização nas tarefas, e sua
religião. Com a chegada dos portugueses, foram obrigados ao trabalho escravo, e
de forma injusta, pois até então trabalhavam para o consumo diário. Tiveram que trabalhar em grande escala, e,
como eles tinham um estilo de vida própria, foram taxados como preguiçosos, que
gerou revoltas logo depois. A religião dos indígenas eram vistas como algo
demoníaco, e por isso a igreja católica interviu com uma ‘’ação pacifica’’
para converter os índios ao
cristianismo.
Os negros que vieram
forçados da África eram tratados como bichos por sua cor negra, e sua cultura.
Suas religiões também eram vistas como algo demoníaco, e esse pensamento
reflete até hoje na sociedade Brasileira. Na sociedade colonial do Brasil,
havia uma minoria de portugueses que ocupavam grandes espaços na cidades, como
por exemplo fazendas de grande porte. Enquanto os escravos em grande massa ficavam nos piores lugares.
Na Obra Casa-Grande
& Senzala, Gilberto Freyre desenvolveu estudos sobre as relações raciais no
Brasil de forma inovadora e autônoma. Ele, de forma positiva, fala que a
diversidade de raças e cultura no Brasil é motivo de orgulho e força. A
respeito da democracia racial , Freyre diz:
Todo
brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo loiro, traz na alma, quando não na alma e
no corpo (...) a sombra ,ou pelo menos a
pinta, do indígena e do negro. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo
em que se deliciam os nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto
de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos
quase todos a marca da influência negra[2].
Em
seu livro, Gilberto corrompe pensamentos antigos preconceituosos e exalta a
importância dos indígenas e negros para a diversificação do Brasil. Herdamos
hábitos dos nossos antepassados negros e indígenas, atuantes na cultura como a
musica, culinária , no vocabulário, costume do banho diário , uso de ervas, e
remédios caseiros.
DEMOCRACIA RACIAL
É o termo usado para
descrever as relações raciais no país. Isto significa que há uma igualdade nas
diferentes etnias e culturas. A democracia racial sugere que a sociedade de uma
nação com diferentes culturas seja livre de racismo e discriminação racial.
As pessoas acreditam
que, pelo Brasil ser um país que tem uma miscigenação muito grande , uma
diversidade de povos e culturas, há uma igualdade, mas sabemos que apesar de
varias politicas para haver uma igualdade, a base do Brasil ainda é a
intolerância á outras raças.
Considera-se um mito a
democracia racial pelo fato da discriminação racial existir diariamente no
Brasil, mas não aparece em grande escala porque muitas vezes é omitido. Vemos o
racismo em abordagens policiais pelo fato do cidadão ser negro, mortes e
acusações sem fundo.
Em jornais vemos uma
minoria de apresentadores sendo negra. Em novelas e series vemos papeis feitos
por negros como um empregado ou faxineiro, que moram em favelas, e cargos como
administrador ou dono de uma empresa por brancos, que reflete na vida real dos
brasileiros, mostrando claramente que não há uma igualdade racial.
Com isso, podemos ver
claramente que o Brasil ainda é um país racista. O racismo no Brasil age de
forma sutil, como brincadeiras e também exclusão de etnias e desvalorização. O
racismo é crime e devemos denunciar qualquer ato do tipo, e o racismo continuará existindo enquanto as
pessoas ocultarem. O respeito deve existir entre todos em uma sociedade para
que aja uma igualdade .
Bernadino, J. (2002). Ação afirmativa e a
rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Acesso em 10 de
Novembro de 2016, disponível em scielo:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2002000200002
Cultura, T. (1995). Casa Grande & Senzala,
baseado na obra de Gilberto Freyre. Acesso em 10 de 11 de 2016, disponível
em Alô Escola: http://cmais.com.br/aloescola/estudosbrasileiros/casagrande/
Freyre, G. (2003). Casa Grande & Senzala.
Recife-Pernambuco: Global Editora.
Online, F. (15 de Abril de 2005). Constituição de
1988 tornou racismo crime inafiançável e imprescritível . Acesso em 11 de
Novembro de 2016, disponível em Folha Online :
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u107965.shtml
Sarno, G. (Diretor). (1974). Casa Grande &
Senzala (1933-1973) [Filme Cinematográfico].
Silva, J. (28 de Agosto de 2014). O mito da
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em Carta Capital:
http://www.cartacapital.com.br/blogs/speriferia/aranha-e-o-mito-de-que-nao-ha-racismo-no-brasil-4850.html
Souza, R. (02 de Novembro de 2016). Relacões
Raciais: Preconceitos e Discriminações . Acesso em 10 de Novembro de 2016,
disponível em Prezi:
https://prezi.com/ggrsdtnte9oa/relacoes-sociais-preconceitos-e-discriminacoes/
[1] Brazil Chronicle, : (22 de julho de
2011). «Brazilians Think Race Intefere on
Quality of Life, but not Everyone is Concerned About Equality.
[2]
Fundação Gilberto Freyre, 2003, Recife-Pernambuco-Brasil, 48° edição, 2003, Global
Editora.
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